segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fichamento e resenha do gênero de artigo acadêmico . A praça colonial brasileira. Por Ana Luiza Veloso e Leticia Barbosa.


A Praça Colonial Brasileira

 
Tese:
Influência espanhola e portuguesa na formação dos principais elementos compositivos do espaço urbano.
Resumo:
 • Referências do urbanismo português.
 • Análise de casos específicos que exemplificam a formação da praça colonial no Brasil.
 • Preservação dos conjuntos arquitetônicos das cidades coloniais.
 • Resgate dos símbolos de nossa memória urbana.
 Palavras- chave: praça, espaço público, cidades coloniais.
Introdução:
 • Caráter de espaço coletivo, lugar de manifestação de culto e de ritos.
 • A praça na antiguidade era o espaço público de maior importância da cidade.
 • Na cultura ocidental atuam como marcos visual e como pontos focais na organização da cidade.
 • Colonização do novo mundo resultou na formação de espaços que refletem as influências urbanísticas das culturas colonizadoras.
 • No Brasil a herança do urbanismo português fez-se presente.
Antecedentes portugueses:
 • O processo de formação da praça brasileira está relacionado aos princípios urbanísticos da tradição portuguesa.
 • Padrões na estrutura global da cidade.
 • Adaptação às novas condições da colônia.
 • A praça está vinculada à formação do núcleo urbano.
 • Sua estrutura tem origem na composição formal de elementos.
 • Sujeita também aos aspectos sociais.
 • O desenvolvimento urbanístico português sofreu grande impulso com a necessidade de criação de vilas e núcleos urbanos para o povoamento das colônias ultramarinas.
 • O desenvolvimento das cidades tem origem em duas vertentes, uma vernácula, característica das cidades medievais e outra erudita, que se fundamentaram na concepção de sistemas ortogonais.
 • A tradição vernacular predominou a partir do século XIII e a erudita a partir do século XVI.
 • O respeito e a interação com a geografia e a topografia do sítio original são marcas registradas das cidades portuguesas.
 • Especificidade do processo de formação de cidades gerou uma maior diversidade de traçados urbanos na América portuguesa.
 • Propiciou a riqueza paisagística encontrada nas cidades coloniais do território português ultramarino.
 • Questão na formação das cidades brasileiras: descompasso entre o uso do traçado racional sob uma topografia irregular.
 • Em Salvador foi aplicado o traçado quadriculado mas sobressai na paisagem ladeiras e morros.
 • Processo de formação da praça portuguesa correspondeu, na maioria, ao próprio processo de desenvolvimento das cidades.
 • A estruturação da praça resultou na criação de espaços diversificados.
 • Praça espontânea, presente no universo medieval, e a praça formal, gerada a partir da aplicação de princípios racionais.
 • Implantação de um processo de modernização do espaço urbano arquitetônico.
 • Transformação do espaço da praça no foco principal dos projetos de intervenção e reforma.
 • Espaço adquiriu importância como elemento formal, tornando-se marco central na estrutura urbana.
 • Com o processo de valorização das praças, muitas cidades tiveram a oportunidade de associar às intervenções a reconstrução de edifícios institucionais e religiosos.
 • Baseou-se também nos aspectos simbólicos e funcionais.
 • Essas praças cumpriram o papel de marco urbano.
 • Ainda permanecem como espaços simbólicos na atualidade.
 • As praças reuniam as principais edificações institucionais das cidades.
 • Propiciou a formulação de vários modelos para abrigar funções e atividades diferentes.
 • Padrão urbanístico que se implantou na maioria das cidades coloniais brasileiras.
 • Espaços distintos de caráter cívico, religioso e comercial.
 • Não apenas a função distingue a influência portuguesa na formação da praça brasileira.
 • Nas cidades coloniais brasileiras encontram-se uma maior diversidade de praças, tanto nos aspectos estéticos quanto nos morfológicos e funcionais.
 • Na cidade de Salvador teve o desenvolvimento de espaços multifuncionais.
 • Existência de dois vazios que correspondem aos principais conjuntos urbanos: a Praça da Câmara e o Terreiro de Jesus.
 • A Praça da Câmara, segundo Marx, representou a primeira praça cívica brasileira.
 • A praça marcava urbanisticamente o seu caráter de capital.
 • O espaço da Praça da Câmara desenvolveu a função de mercado, passando a chamar-se praça da feira.
 • A praça era aberta para o lado da baía.
 • Representou o modelo de praça colonial aberta.
 • Esboça a estrutura urbana das primeiras cidades coloniais litorâneas.
 • Reflete o momento político de dependência da metrópole portuguesa.
 • Espaços de caráter religioso aparecem na formação dos chamados largos, terreiros, adros e campos.
 • Simbolizavam a presença das diversas ordens religiosas existentes no contexto urbano português, que desempenharam um importante papel na colonização brasileira.
 • A praça passa a ter um Carter cívico e a influenciar na malhar estrutural urbana.
 • Ocorre o alinhamento das praças coloniais as malhas urbanas, dando um visual formal às mesmas.
 • O modelo formal se destaca na cidade do Rio de Janeiro.
 • Os espaços urbanos do Rio de Janeiro vão sendo definidas em espaços públicos, edificações religiosas e administrativas.
 • Definição dos espaços urbanos carioca acabou dando maior destaque e importância às praças coloniais.
 • A chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro provoca uma modificação na estrutura urbana e a praça do Paço Real que sofre fortes influencia do Paço de Lisboa passa a assumir um caráter político, servindo como centro das manifestações do império.

Considerações finais:
 • Notável retrato de uma arquitetura baseada nos moldes portugueses e também diversificada devido às influências espanhola.

Resenha

Caldeira, Junia M. A praça colonial brasileira. Universitas: Arquitetura e Comunicação Social, Vol. 7, No 1 (2010). p. 19-39.

                                                                                             Por Ana Luiza Veloso e Leticia Barbosa

               

                O artigo tem como objetivo fundamental investigar a origem de um dos principais elementos compositivos do espaço urbano, que é a praça brasileira.

                O texto está dividido na forma de um artigo acadêmico, contendo o resumo, que nos situa sobre o assunto que o texto vai tratar; palavras-chave, uma introdução em que se inicia o detalhamento sobre o espaço coletivo, colonização e da herança portuguesa no urbanismo brasileiro; antecedentes portugueses, que fala mais sobre o  processo de formação da praça brasileira; considerações finais, faz uma síntese de todo o texto, falando da influência da tradição do urbanismo português na origem das praças coloniais brasileiras; referências bibliográficas.

     O processo de desenvolvimento urbano foi marcado pela influência do urbanismo português. A praça urbana brasileira apresenta uma diversidade de modelos ainda presentes na sua paisagem urbana. O primeiro modelo de praça cívica brasileira na cidade de Salvador, e o Passo Real, na cidade do Rio de Janeiro, formam um significativo acervo e preservam os conjuntos arquitetônicos das cidades coloniais.
                Conceito de praça é resgatar símbolos presentes em nossa memória urbana, que apontam para modelos mais presentes.
                A praça tem caráter de espaço coletivo, lugar de manifestação de cultos e ritos. Na Antiguidade a praça era o espaço público de maior importância da cidade, funcionando como seu centro vital. Na cultura ocidental, as praças desempenharam um papel importante no contexto urbano, atuaram como marco visual e como pontos focais na organização das cidades.
                A colonização do novo mundo resultou na formação de espaços que refletem as influências urbanísticas das culturas colonizadoras. No Brasil a herança do urbanismo português fez-se presente influenciando no processo de formação de sua praça.
                No urbanismo português identificam-se padrões que aparecem na estrutura global da cidade. Embora apresentando algumas características semelhantes nas cidades coloniais brasileiras, ocorreu apenas uma adaptação às novas condições da colônia. O desenvolvimento português sofreu grande impulso com a necessidade de criação de vilas e núcleos urbanos para o povoamento das colônias ultramarinas.
                O respeito e a interação com a geografia e a topografia do sítio original são marcas registradas das cidades portuguesas. A especificidade do processo de formação de cidades gerou uma maior diversidade de traçados urbanos na América portuguesa.
                Na formação das cidades brasileiras havia uma questão a ser tratado, o descompasso entre o uso do traçado racional sob uma topografia irregular.
                A estruturação da praça resultou na criação de espaços diversificados e houve a implantação de um processo de modernização do espaço urbano arquitetônico. Adquiriu importância como elemento formal, tornado-se marco central na estrutura urbana.
                Com o processo de valorização das praças, muitas cidades tiveram a oportunidade de associar às intervenções a reconstrução de edifícios institucionais e religiosos.
                Nas cidades coloniais brasileiras encontram-se uma maior diversidade de praças, tanto nos aspectos estéticos quanto nos morfológicos e funcionais.
                Esse texto desenvolve bastante a origem de um dos principais elementos compositivos do espaço urbano, a praça brasileira. A autora é muito bem sucedida falando do ponto de partida, que é a colonização portuguesa, e como ela afetou diretamente os modelos que ainda estão presentes nas paisagem urbana das cidades brasileiras.
                O artigo científico de Junia Marques Caldeira está voltado para estudantes de arquitetura e para arquitetos tendo em vista que estuda o espaço urbano.
                Junia Marques Caldeira é graduada em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Minas Gerais doutora pelo Programa de pós-Graduação em História do Instituto de Filosofia, Ciências e História da Universidade Estadual de Campinas. Professora de Teoria e História, Projeto Urbano e de Arquitetura no Uniceub, Brasília, DF. Email: juniacald@gmail.com
                Ana Luiza Veloso e Leticia Barbosa, acadêmicas do Curso de Arquitetura e Urbanismo (Uniceub).

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